Publicados recentemente, alguns dados de crescimento do uso da Internet no mundo farão com que as Forças Estranhas se movimentem para algo diferente do tradicional e batido "Pirataria! Pirataria!". É que o fim do mundo como conhecemos está cada vez mais próximo. E nós sabemos o que acontece em fins de mundo, não? Sim. Os Dinossauros são extintos. Vou explicar.
Somos mais de 1,5 bilhões de pessoas no mundo usando a Internet ao final de 2008, diz o IWG (http://www.internetworldstats.com/emarketing.htm). Isso representa mais de 23% da população de seres humanos do planeta Terra. Ou seja: quase 1/4 da dos habitantes desta bola ainda azul usa a Internet. Isso é muita gente. E o crescimento está graficamente virando uma função impulso (joga no Google).
Distribuindo essa penetração digital pelo mundo, observa-se que nos USA, um dos maiores mercados do planeta (bem, com essa crise, vamos ver se continua), mais de 73% da população usa a Internet. No Brasil, por volta de 25% de penetração é o índice atual. Somos o sexto em uso no planeta, com mais de 50 milhões de usuários ao fim de 2008. Continua sendo muita gente.
Distribuindo essa penetração digital pelo mundo, observa-se que nos USA, um dos maiores mercados do planeta (bem, com essa crise, vamos ver se continua), mais de 73% da população usa a Internet. No Brasil, por volta de 25% de penetração é o índice atual. Somos o sexto em uso no planeta, com mais de 50 milhões de usuários ao fim de 2008. Continua sendo muita gente.
Pergunta que não quer calar: O que faz tanta gente na Internet? A resposta é tão simples que chega a doer à alma tentar compreender porque as Forças Estranhas nunca souberam responder. Os usuários de Internet, basicamente, trocam informações. É tão simples quanto isso.
Trocam informações quando estão simplesmente browse-ando. Trocam informações quando estão vendendo, comprando ou swap-ando. Trocam informações quando estão mandando correspondências uns para os outros. Trocam informações quando estão realizando transações financeiras. Trocam quando estão consultando as condições do tráfego local. O tempo. A hora. Os preços dos hotéis. O desempenho da Bolsa de Valores. Lendo Jornais. Vendo TV? Também. E, por que não, quando estão fazendo sexo virtual... OK, exagerei. Enfim, trocam informações.
O que é essa tal de "informação" que esses usuários de Internet tanto trocam? Essa é fácil. Vem da primeira aula que eu tive de Comunicação Digital na escola. E eu desconfio que as Forças Estranhas faltaram essa aula. Informação é, basicamente, um bando de bits que, estruturados e organizados de certa forma lógica e protocolar, acaba representando algo que percebemos no mundo real (um texto, um som, uma imagem, etc.).
E lá vamos nós. Bits? Mas que raios são bits? Manifestações do mal. Bits são manifestações do mal. Bem, é o que devem pensar as Forças Estranhas. Mas, nós não somos assim. Preferimos a definição clássica: bit é a representação de um digito no sistema binário - ou é 1 ou é 0. Sistema binário foi o escolhido para representar na teoria o estado de um circuito eletrônico na prática em resposta a um impulso elétrico. Esse circuito nada mais é do que um interruptor bem pequenininho que quando ligado é representado pelo digito 1 e quando está desligado pelo 0, fazendo o elo entre mundo teórico e o mundo físico. E todos os equipamentos (PC, laptop, celular, IPod, receiver, etc.) podem ser entendidos como uma enorme coletânea de circuitos físicos muito infinitamente minúsculos (chips).
Bits são feito andorinhas - andam em bando ou ficam deprimidos, sem orientação. Quando se aglomeram vários bits, eles se transformam em informação (ou dados). Nos primórdios da computação, decidiu-se que a menor unidade de armazenamento de informação é um byte - que são 8 bits (por que 8? Joga no Google). Bytes representam todos os caracteres e dígitos, e suas variações, de um alfabeto. E bytes são interpretados por unidades de processamento, popularmente conhecidas como CPU, através de programas (ou software). O resultado da tradução desses bytes pelos equipamentos cheios de circuitos é a tal da informação que esses usuários de Internet trocam tanto hoje em dia.
Se bits são informação, eles devem ser guardados em algum lugar para uso posterior. Esses viveiros de bits são conhecidos como unidades de armazenamento. Uma espécie de gaiola de andorinhas. A função dessas unidades é guardar todo tipo de informação em forma de bits e bytes até que sejam gravados/lidos e processados de alguma forma, através de uma unidade de entrada e saída de dados (unidade de I/O para os letrados). Essa unidade também evoluiu de forma a permitir velocidades absurdamente crescentes na colocação e obtenção dos bytes - mais rápido gravar e mais rápido ler. E existem vários tipos.
Vou tentar aqui resumir, em um único parágrafo, os melhores momentos da história do armazenamento de informação. Apertem os cintos... 1, 2, 3 e já. As inscrições nas paredes das cavernas são tidas como a 1a forma de armazenamento de informação. Isso data de 40.000 AC. As famosas tábuas do Moisés com as 10 mais do Senhor? Eram unidades de armazenamento (ninguém prestou muita atenção a isso naquela época) e foi moda por volta de 100 AC. Jesus nasceu e deu o maior rebú! A impressão de Gutenberg apareceu em 1.440 e deu origem aos livros - usados até hoje. O cartão perfurado, já visto em casas lotéricas, apareceu em 1.750. O fonógrafo e os discos apareceram em 1.877. Com a descoberta do meio magnético, apareceu a fita magnética em 1.928, que acabou virando a fita cassete em 1.963. Os discos rígidos apareceram em 1.958. Memórias surgiram na década de 60 e 70, caras que só elas. Com o desenvolvimento do meio óptico, apareceu o CD em 1980. O disquete de 3,5” em 1981. O mini-disc (quem se lembra?) é de 1.992. Em 1995 veio o DVD. Pen drive é coisa de 2.000 em diante. O HD-DVD, também conhecido como Blue-ray, é o mais recente dos meios ópticos populares. E o próximo em linha é o disco holográfico (joga no Google). Ufa!
Agora vem o punch: são necessários 90.000.000 de cartões perfurados, ou 6.000 disquetes, ou 4.500 fitas cassetes para conter tanta informação quanto 0,2% de um DVD comum. Um CD padrão armazena 74 minutos de áudio em aproximadamente 700Mbytes. Um DVD permite o armazenamento de 4.7Gbytes (um filme de mais ou menos 2 horas). O HD-DVD vai até 15Gbytes (suficiente para um filme de 2h em alta definição).
Sabe qual o limite do tal disco holográfico que está vindo por ae? Teoricamente, dezenas de Terabytes. 1 Tbyte = 1.024Gbytes = 1.024 x 1.024 Mbytes = 1.024 x 1024 x 1024 Kbytes = 1.024 x 1024 x 1024 x 1.024 bytes = 1.024x1.024x1.024x1.024x8 bits. Ou seja, 1.030.188.171.264 bits! Uau! Esse troço evolui a velocidade da luz!
Sabe qual o limite do tal disco holográfico que está vindo por ae? Teoricamente, dezenas de Terabytes. 1 Tbyte = 1.024Gbytes = 1.024 x 1.024 Mbytes = 1.024 x 1024 x 1024 Kbytes = 1.024 x 1024 x 1024 x 1.024 bytes = 1.024x1.024x1.024x1.024x8 bits. Ou seja, 1.030.188.171.264 bits! Uau! Esse troço evolui a velocidade da luz!
Por que isso é importante? Porque as Forças Estranhas sempre se prepararam para ganhar dinheiro vendendo essas unidades de armazenamento - e não a informação que está armazenada nelas. E para produzir em massa um tipo de unidade de armazenamento, colocar conteúdo nelas e vender através de canais de venda custa tempo e muito dinheiro.
A cada extinção de um tipo de unidade de armazenamento, suas linhas de produção sofrem processos de adaptação caros e demorados, devido às diferenças drásticas entre os tipos de unidade de armazenamento que continuamente surgem no mercado cada vez mais rapidamente. Jamais souberam lidar com isso, pois seus lucros sempre dependem diretamente da quantidade de unidades de armazenamento vendidas.
A cada extinção de um tipo de unidade de armazenamento, suas linhas de produção sofrem processos de adaptação caros e demorados, devido às diferenças drásticas entre os tipos de unidade de armazenamento que continuamente surgem no mercado cada vez mais rapidamente. Jamais souberam lidar com isso, pois seus lucros sempre dependem diretamente da quantidade de unidades de armazenamento vendidas.
E tem mais: como (1) o preço da mídia física cai a cada nova tecnologia de armazenamento que surge, (2) e a quantidade de bits armzenados por unidade de espaço aumenta, e (3) a capacidade total da nova mídia é infinitamente maior que a sua antecessora, podemos concluir que o preço do bit armazenado tem caído vertiginosamente.
Responda rápido: por que um CD custa tão caro hoje em dia se o preço do bit armazenado cai vertiginosamente?
Voltando à pergunta básica do post: o que fazem tantos usuários na Internet? No fundo, no fundo? Trocam bits que estão em unidades de armazenamento que são traduzidos em informações através de processadores via atividades de leitura e gravação.
E é ae que começam os sinais da proximidade do fim do mundo e o frio na barriga dos Dinossauros.
Voltando à pergunta básica do post: o que fazem tantos usuários na Internet? No fundo, no fundo? Trocam bits que estão em unidades de armazenamento que são traduzidos em informações através de processadores via atividades de leitura e gravação.
E é ae que começam os sinais da proximidade do fim do mundo e o frio na barriga dos Dinossauros.
Vamos organizar o fim do mundo? Vamos.
1o Sinal do Fim do Mundo - a Mutação
Praticamente, todo e qualquer tipo de conteúdo informacional (mídia) pode ser transformado em bits. Tudo pode ser transformado em bits. Música? Sim. Filme? Sim. Foto? Sim. Livro? Sim. Dinheiro? Sim. Documentos? Sim. Lojas inteiras? Sim. Uma conversa telefônica? Sim. Impressões digitais? Anham. Uma banana? Ainda não, mas estamos trabalhando para isso com o surgimento das impressoras 3D...Ah, vai, isso é assunto para a dupla Claudio/Erick do blog Mundo em Posts...
2o Sinal do Fim do Mundo - as Colônias de Mutantes
Essas unidades de armazenamento? Muito instáveis. Elas ficam mudando com o avanço da tecnologia. Crescendo. Sempre querendo mais... mais capacidade de armazenamento (mais bits em menos espaço) e mais rapidez no acesso aos bits (mais agilidade na leitura e gravação dos bits). Por exemplo: uma orquestra ao vivo em um teatro, gramofone, um disco de vinil, fita magnética cassete, um CD, um DVD, um Blue-Ray e um pente de memória. Todos armazenam música. Mas, tenta transferir a orquestra e o teatro de lugar...
Basta resumir da seguinte forma: em 40.000 AC tudo era pintado nas paredes das cavernas e lá ficavam. Hoje, tudo é representado por bits armazenados em unidades ópticas de DVD que podem chegar a dezenas de Terabytes. Amanhã...
3o Sinal do Fim do Mundo - o Contágio
3o Sinal do Fim do Mundo - o Contágio
Todo mundo dispõe de algum tipo de computador. Qualquer coisa que tenha uma unidade de armazenamento, uma CPU e uma unidade de I/O pode ser chamado de computador. Na era das trevas, onde imperavam as Forças Estranhas, isso só existia numa sala fechada, dentro de uma redoma de cristal ungido por Deuses, meio que tratada como santuário da informação, visitada por uns poucos seres abençoados (analistas de sistema) que eram tratados (e se comportavam) como sacerdotes semideuses da era digital, com uma conexão direta com Deus. As letras I, B e M traduziam muito bem isso.
Hoje em dia, minha avó tem um troço desses e ela chama de celular. Meu sobrinho tem um também e chama de IPod. Eu tenho um e chamo de desktop. Claudio, do Mundo em Posts, tem um e chama de laptop e quer comprar outro que chama de netbook. Meu tio chama de relógio. Minha empregada, outro dia, falou com um aspirador de pó. Eu confesso que já troquei idéia com um forno de micro-ondas. Até privada anda tomando decisão! Verdade. E por ae vai. Qualquer coisa hoje em dia pode ler/gravar bits – ou informação. O fato é: ter um troço desses ficou bem acce$$ível para muita gente. E as vendas só crescem...
Apenas falando de PC, o computador tradicional tipo desktop/laptop atingiu a marca de 1 a 2 bilhões em uso na Internet ao final de 2008. O Gartner Group estabelece que foram vendidos mais de 2 bilhões de PCs ao final de 2007. O Forrester Reasearch indica que ao final de 2008 pelo menos 1 bilhão de PCs estavam em uso no mundo. Só PC. As vendas crescem de 15 a 25% todo ano. Não entra nessa conta IPod, celular, relógio de pulso, etc.
4o Sinal do Fim do Mundo - a Epidemia
Alguém achou que computador sofria de solidão. Sim. Quando colocaram dois computadores para trocarem informação entre si, foi cientificamente observado que eles se tornaram criaturas mais felizes. Essa felicidade é a troca de informação (ou bits) e ela foi passada para os seres humanos. E o nome dessa união de computadores fofoqueiros é rede. Alguém, então, resolveu gritar: por que não interligamos todos os computadores do mundo? E se fez a Internet - a rede Internet. Bem, não foi exatamente assim, mas está de bom tamanho na essência.
Os anos foram passando e cada vez mais e mais computadores foram interligados para falarem entre si através da Internet. Hoje, está fora de controle. Os computadores se ligam à Internet automaticamente. Já nascem assim. Ligados entre si. E, copiando a moda, os demais equipamentos também começaram a se conectar. Celular, MP3 Player, telefone, TV, etc. Todos. E muitos nem precisam de fio!
Como é que esses computadores se falam? Através de meios de comunicação - que na realidade são outros computadores, com fins específicos, que fazem os bits "voarem" de uma unidade de armazenamento para outra através de meios físicos como fibra óptica, por exemplo. E, meus caros, a velocidade com que esses bits têm voado tem crescido assustadoramente. Já ouviu falar de banda larga? Pois é. Já está na sua casa, não é? Nâo? Deveria...porque todo mundo já tem... pelo menos 1,5 bilhão!
Os custos de interconexão à rede Internet caíram tanto, que hoje em dia os equipamentos já vêm com isso embutido no preço final. E todo mundo tem. Para os que ainda tem dificuldades em ter, os Governos incentivam a criação de programas de inclusão digital para que todo mundo tenha um equipamento ligado à Internet. É considerado fundamental à sobrevivência informacional de cada pessoa.
6o Sinal do Fim do Mundo – Armageddon
O golpe mais recente, e fatal, nas Forças Estranhas foi alguém ter entendido que com tanta gente munida de equipamentos interconectados entre si e através da Internet, trocando informações (bits) a todo instante, talvez fosse interessante aproveitar todos eles, e seus recursos de peocessamento, armazenamento e I/O, como um único e enorme repositório global de bits a serem trocados. Hein?
Lembra que bits sofrem de solidão? E que eles se aglomeram em bytes para ter uma razão para viver? Pois não é que byte também tem problemas! Bytes(que são 8 bits) não conseguem ser armazenados sozinhos. Eles também se aglomeram em comunidades chamadas de arquivos. E são esses arquivos inteiros os obejtos de troca entre os usuários de Internet.
6o Sinal do Fim do Mundo – Armageddon
O golpe mais recente, e fatal, nas Forças Estranhas foi alguém ter entendido que com tanta gente munida de equipamentos interconectados entre si e através da Internet, trocando informações (bits) a todo instante, talvez fosse interessante aproveitar todos eles, e seus recursos de peocessamento, armazenamento e I/O, como um único e enorme repositório global de bits a serem trocados. Hein?
Lembra que bits sofrem de solidão? E que eles se aglomeram em bytes para ter uma razão para viver? Pois não é que byte também tem problemas! Bytes(que são 8 bits) não conseguem ser armazenados sozinhos. Eles também se aglomeram em comunidades chamadas de arquivos. E são esses arquivos inteiros os obejtos de troca entre os usuários de Internet.
Por exemplo: um arquivo que representa digitalmente uma música está armazenado no disco rígido de um PC. O usuário deste PC copia este arquivo, através da Internet, para a memória de um celular. O que acontece na prática é que uma cópia do arquivo armazenado única e exclusivamente no PC é lido, transportado e gravado no celular de destino. Lembre que a unidade de armazenamento que contem o arquivo de origem pertence apenas ao PC – e a mais ninguém. Assim também é o caso com o celular.
Sob o ponto de vista do usuário, bits, bytes e arquivos são tratados de forma transparente para serem gravados, lidos e transportados de uma unidade de armazenamento para outra. Arquivos inteiros são obtidos de uma unidade de armazenamento; fatiados internamente, por equipamentos específicos, orientados por programas (software) para serem gravados, lidos ou transportados da forma mais eficiente possível; e ressurgem na unidade de armazenamento de destino com todos os bits e bytes que estão armazenados na unidade de origem. O que o usuário de Internet percebe é que o arquivo - não o byte, não o bit - foi lido, transportado e gravado.
Agora imagina que, sob o ponto de vista de um usuário da rede Internet, todas as unidades de armazenamento dos PC existentes e interconectados à Internet são uma única unidade de armazenamento. O mesmo com a CPU e a unidade de I/O. Imagina agora que um arquivo é armazenado nessa única unidade.
Pirei? Não pirei. Foi isso que aconteceu. Tsk tsk tsk. É o mar de lava, saindo do vulcão em erupção plena, varrendo todos os dinossauros existentes nos vales do passado. Kabum! É o fim do mundo como conhecemos.
Agora imagina que, sob o ponto de vista de um usuário da rede Internet, todas as unidades de armazenamento dos PC existentes e interconectados à Internet são uma única unidade de armazenamento. O mesmo com a CPU e a unidade de I/O. Imagina agora que um arquivo é armazenado nessa única unidade.
Pirei? Não pirei. Foi isso que aconteceu. Tsk tsk tsk. É o mar de lava, saindo do vulcão em erupção plena, varrendo todos os dinossauros existentes nos vales do passado. Kabum! É o fim do mundo como conhecemos.
Através de técnicas sofisticadas de computação, hoje em dia é possível “armazenar” um arquivo na rede, não importando onde fisicamente este conteúdo vai parar. Ou seja, nenhuma unidade física de armazenamento contem única e exclusivamente nela o arquivo inteiro. Ele está espalhado por inúmeras unidades de armazenamento – alguns bytes ali na América do Norte, alguns bytes acolá na Africa e partes maiores do arquivo ali adiante na Australia. O arquivo em si não está contido em nenhum lugar específico – está “na rede”, e a rede é o Mundo.
A rede que gerencia essa forma inusitada de manipular arquivos é chamada de “peer-to-peer network” – ou redes P2P. Essas redes têm sido combatidas veementes pelas Forças Estranhas. Tudo o que é feito nessas redes é passível de ser levado à Justiça pelos Dinossauros sob a acusação que incentivam a... advinha? Pirataria. Anham. Sei... A isso se chama a convulsão do morto. Vale dizer que Pirataria não surgiu com as redes P2P – já existia.
A dificuldade de lidar com isso da forma tradicional é que isso não é tradicional. Pense bem: se o arquivo representa uma música, ninguém terá a música em si – e sim pedaços do arquivo (parte dos bits) que representa a música. E esses pedaços podem estar em qualquer lugar a qualquer hora dentro da rede. Não estão presos a espaço e tempo, pois a entrada e saída de usuários na rede são intensas e a dinâmica do tratamento de arquivos também é (afinal, você apaga e grava arquivos no seu HD constantemente, não?).
Quando alguém copia algo de alguém na rede P2P, não existe maneira de precisar, no espaço e no tempo, de onde está vindo aquele arquivo, pois ele está armazenado de forma completamente imprevista na rede toda – em todos os equipamentos que pertencem aquela rede P2P. Na prática, não há um arquivo sendo copiado: há pedaços de bits sendo lidos em algum lugar da rede e gravados e outro. Como controlar isso? Proibindo a realidade? É ruim hein...
Quando alguém copia algo de alguém na rede P2P, não existe maneira de precisar, no espaço e no tempo, de onde está vindo aquele arquivo, pois ele está armazenado de forma completamente imprevista na rede toda – em todos os equipamentos que pertencem aquela rede P2P. Na prática, não há um arquivo sendo copiado: há pedaços de bits sendo lidos em algum lugar da rede e gravados e outro. Como controlar isso? Proibindo a realidade? É ruim hein...
7o Sinal do Fim do Mundo – Se até Deus descansou, pq não a gente?
Vejam vocês. O mundo foi transformado numa intensa troca de bits. E quase 25% do mundo já entrou na onda. Em bits todo e qualquer conteúdo pode ser convertido. Os equipamentos, as redes e os programas para servir de infra-estrutura para essa intensa troca de bits estão cada vez mais poderosos e baratos. Nações inteiras lançam programas sociais de inclusão digital, incentivando que essa troca de bits atinja aqueles de baixo poder aquisitivo e educacional. In bit exchange we trust. Não deveria ser isso impresso em algum lugar?
Vejam vocês. O mundo foi transformado numa intensa troca de bits. E quase 25% do mundo já entrou na onda. Em bits todo e qualquer conteúdo pode ser convertido. Os equipamentos, as redes e os programas para servir de infra-estrutura para essa intensa troca de bits estão cada vez mais poderosos e baratos. Nações inteiras lançam programas sociais de inclusão digital, incentivando que essa troca de bits atinja aqueles de baixo poder aquisitivo e educacional. In bit exchange we trust. Não deveria ser isso impresso em algum lugar?
Conclusão: a unidade transacional no mundo de hoje é o bit. Quem diria... E como é que as Forças Estranhas vão adequar as suas plantas de produção de unidades de armazenamento? Resposta: não vão. Não tem como se adaptar a isso... tem de se nascer com isso. Entenderam? Não, né?
Não há Força Estranha que sobreviva aplicando a mesma maneira de pensar a esse tipo de ambiente massificado e distribuído a uma intensidade jamais vista. Dinossauro algum vai entender isso em momento algum. Duvido que algum dinossauro tenha entendido porque virou petróleo. E pelo andar da carruagem, acho até que já desistiram. Só isso explica a Nokia ter lançado o celular com COMES WITH MUSIC... (joga no Google).
Não há Força Estranha que sobreviva aplicando a mesma maneira de pensar a esse tipo de ambiente massificado e distribuído a uma intensidade jamais vista. Dinossauro algum vai entender isso em momento algum. Duvido que algum dinossauro tenha entendido porque virou petróleo. E pelo andar da carruagem, acho até que já desistiram. Só isso explica a Nokia ter lançado o celular com COMES WITH MUSIC... (joga no Google).
O fato derradeiro disso tudo é que a realidade do mundo em P2P não é a mesma. Os argumentos não são os mesmos. O raciocínio não é o mesmo. A Lógica não é a mesma. Houve um salto quântico do passado para o hoje que nehuma funçaõ de transição conseguirá representar fielmente. Não se trata de uma transição de um estágio para outro mais evoluído. Trata-se de matar o que existia para adotar algo drasticamente distinto. Logo, a morte dos Dinossauros é inevitável para alcançarmos o futuro que já chegou.
Por último, tudo em torno desta nova realidade P2P, já com quase 1/4 da população do planeta inserida nela de alguma forma, deve ser repensado. Novas Leis. Novos Direitos Autorais. Novos Modelos de Negócios. Novas regras de comportamentos. Nova Moral. Nova Ética. E repensado diante de um mundo completamente diferente do que existia até ontem. Tão radicalmente diferente que, temo, cabeças acima de 30 anos de idade jamais terão a imparcialdiade obrigatória para entender o que ocorre e criar os novos conceitos necessários.
E o mais alarmante de tudo nesse novo estado de coisas é entender que o repensar agora é contínuo, sem parar, para sempre, pois a única coisa certa é que vai mudar radicalmente tudo outra vez, daqui a pouco... de novo! Dinossauros não entendem isso - e nunca vão entender. Contudo, o Legislador na foto abaixo vai....e ele já nasceu nos teclados...
E LEIA ANTES aqui, ou voce fiará por fora do mundo P2P e a morte dos Dinossauros... Dramático eu...
2 comentários:
Parabéns!! Que reflexão sobre a situação da internet, pensei q vc fosse maluko no início, mas depois de ler essa bíblia q vc escreveu, fez muito sentido!!
vou indicar para varias pessoas, ficou muito legal, lógico e cômico.
a vc eh duent...vai da o cu pros bytes
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